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Neste domingo começou a NAB e a SM Facilities estava presente.
O dia começou com o SET’30, o tradicional seminário da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, que acontece anualmente à 7h30 na NABShow.
Primeiro painel
No primeiro primeiro painel, moderado por Carlos Cauvilla, do SBT, José Luís Reyes apresentou as soluções da LiveU para a contribuição remota com ultra low latency e protocolos de retorno e controle das câmeras remotas. Em seguida, Cauê Franzon mostrou a estrutura que a RBS TV desenhou e está utilizando para a transmissão de conteúdo remoto com redução de mais de 50% do custo da estrutura tradicional. A RBS adota um processo de evolução gradual e a ideia é evoluir na quantidade de câmeras até que o modelo possa ser usado também em eventos esportivos, que demandam pelo menos 12 câmeras. A limitação ainda está relacionada à conectividade que deverá ser solucionada com a evolução do 5G.
Logo após, Madeleine Noland, presidente da ATSC, fez uma exposição da evolução e da adoção do ATSC 3.0 pelo mundo, e das funcionalidades e vantagens do sistema, que foi adotado na Coreia do Sul em 2016, e em 2017 com o lançamento do 4K Ultra HD. Nos EUA já atinge mais de 50% dos domicílios, com expectativa de 85% até o fim de 2022. Já a Jamaica lançou o ATSC 3.0 em 2022, com objetivo de desligar o analógico em 2023.
Madeleine nos contou que está muito impressionada com o projeto de seleção e testes do ASTC 3.0 no Brasil, e mostrou as iniciativas de interesses de alguns outros países, especialmente Canadá, México e várias nações do Caribe.
Segundo painel
No segundo painel, moderado por Caio Klein, da TVE-RS, Jurandir Pitsch mostrou as soluções e capacidade da SES para o setor e da migração de banda para atender ao 5G, com todos desafios que envolvem o projeto. Os desafios aumentam com o 5G demandando cada vez mais e mais espectro. O satélite torna-se ainda muito relevante por conseguir atender regiões mais distantes, além de ser uma solução mais ecológica que a fibra, devido à sua necessidade de infraestrutura. Demonstrou a preocupação do mercado sobre o modelo de negócio de algumas iniciativas e reforçou o modelo de negócio da SES, com foco no atendimento personalizado de clientes e de regiões. Marcelo Amoedo, da Intelsat, falou do mercado competitivo das plataformas de produção e distribuição de conteúdo e das soluções e aplicações com foco na monetização de conteúdo em aviões, que se tornam pontos de venda e ferramentas de retenção. Gol e LATAM são duas das companhias que tem parceria com a Intelsat. Só no Brasil as duas companhias transportam 60 milhões de passageiros ao ano, com crescimento anual de até 8% de aeronaves conectadas. Ambos responderam perguntas sobre as antenas direcionais, que deverão ser elétricas em breve e destacaram que um mercado importante que está se desenvolvendo é o de navios de cruzeiro.
É possível acompanhar as apresentações e painéis através do canal da SET no Facebook, inclusive gravados.
Após o SET’30, foi a vez de visitar a feira, onde circulamos pelos pavilhões Norte e Central.
A NAB está menor mas nem tanto, com diversos expositores participando pela primeira vez e alguns tradicionais. Alguns estandes realmente diminuíram, com alguns apenas marcando presença. Mas outros ainda são grandes. A Blackmagic ainda usa um espaço muito grande, desta vez no North Hall, embora não tão grande como era no antigo South Hall. A Evertz deixou mais aberto mas ainda assim grande como antes. A Sony manteve sua tradicional posição e tamanho.
Alguns destaques:
- As soluções de cenários virtuais com painéis de LED, demonstradas no Virtual Production State, que é uma evolução do que vimos há 4 anos por aqui.
- A Forecast, que oferece móveis inteligentes para broadcast com sistema de áudio monitor direcional embutido, que permite monitoração e retorno de várias fontes no mesmo ambiente sem qualquer interferência.
- As mini câmeras da AtomOne que está concorrendo a produto do ano na NAB2022 com uma de suas criações.
- Outro concorrente a produto do ano é o estúdio portátil da Studiobox que comporta até 7 câmeras e pode ser controlado pelo próprio apresentador ou repórter.